ReACTION #1 - Atualização Carteiras Administradas
- Leonardo Strambi, CFA

- 22 de jul. de 2024
- 3 min de leitura
Clientes e amigos,
Compartilho nossa atualização sobre principais temas que temos explorado em nossas teses de investimento e os posicionamentos das nossas carteiras administradas:
Eleições presidenciais nos EUA.
Joe Biden anunciou sua saída da disputa pela presidência dos Estados Unidos, cedendo à pressão que sofreu após seu desempenho no debate presidencial na TV. Em post subsequente nas redes sociais, anunciou apoio à candidatura de sua atual vice-presidente, Kamala Harris, para liderar a chapa.
Atualização:
Na nossa visão, Donald Trump continua sendo o favorito para vencer a eleição americana, mas o fato novo gera maior incerteza.
A Convenção Democrata, onde Biden ainda não havia sido formalmente confirmado, ocorrerá entre 19 e 22 de agosto. Apesar de Harris ser a favorita para substituí-lo, outras candidaturas ainda podem surgir. A indicação de Biden fortalece a posição de Harris.
Kamala Harris já era considerada a clara favorita para substituir Biden, principalmente porque, segundo a lei eleitoral do país, seria a única que poderia herdar a estrutura e recursos da campanha.
Essa tendência é refletida no mercado de apostas, principalmente após a declaração de apoio de Biden. Segundo o Polymarket, Harris é considerada a candidata mais provável a vencer a indicação democrata, com 83% das apostas, seguida por outros (10%), Hillary Clinton (4%), Michelle Obama (3%) e Gavin Newsom (3%).
As pesquisas indicam que Harris tem desempenho inferior ao de Biden frente a Trump, com 39% das intenções de voto contra 44% de Trump, comparado a Biden com 41% e Trump com 43%.
Será essencial acompanhar como Kamala Harris se posicionará e desenvolverá sua estratégia de campanha para entender melhor o impacto na corrida eleitoral e nos mercados.
Rotação na bolsa americana.
Em nossa última carta mensal, destacamos o início do movimento de rotação do mercado, marcado pelo pregão do dia 11 de julho. Hoje (22), o WSJ publicou um artigo enfatizando a força desse trade, mencionando que os "retardatários do mercado" ganharam vida nos últimos dias, enquanto o aparentemente inabalável grupo de ações de tecnologia, os "Sete Magníficos", tropeçou.
Atualização:
Como capturamos o movimento de rotação desde o início nas carteiras administradas (estávamos posicionados para a rotação desde o final do mês, como destacado em nossa última carta), aproveitamos para fazer realizações parciais e buscar novos pontos de entrada.
Ainda vemos espaço para que o movimento de rotação ganhe tração.
Acreditamos que o ganho de amplitude pode dar novo fôlego para que o mercado continue performando bem em um eventual ciclo de corte de juros, mesmo com valuations esticados.
Do lado dos riscos, seguimos monitorando o dólar (DXY). Acreditamos que o dólar mais forte globalmente pode prejudicar a continuidade do movimento.
Início do corte de juros.
Após as leituras dos dados mais recentes, o mercado passou a probabilidade de corte de juros em setembro,que estava em 70% no final do mês passado, conforme destacamos em nossa carta, passou para mais de 90%.
Atualização:
Entendemos que esse movimento e a confirmação do cenário de 'pouso suave' pode ajudar a dar tração para a tese de rotação na bolsa americana, que tem sido a nossa principal forma de exposição.
Adicionalmente, acreditamos que a volatilidade nas taxas de juros seguirão altas e há meios para se beneficiar disso.
Temos mantido os portfólios de bonds na parte intermediária da curva de juros (vencimentos entre 7 e 10 anos)
Temos mantido cautela ao nos posicionarmos para esta tese, com exposição a ativos de longa duração (TLT), devido à maior pressão nos vértices longos da curva de juros que a eventual vitória de Donald Trump pode acarretar, em função das preocupações fiscais e uma maior pressão inflacionária.
Caso tenha qualquer dúvida, ou queira entender com mais detalhes sobre o posicionamento dos portfólios e nossa visão de mercado, estamos à disposição.
Abraços e bons investimentos,
Leonardo Strambi, CFA
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Leonardo Strambi, CFA Economista graduado pela PUC-RJ, MBA em Gestão de Investimentos pelo IAG/PUC-RJ, Gestor de Recursos CVM - CGA/CGE. Fundou a Austria Capital em 2017, onde atua como gestor de portfólios. |
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