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Giro Global #7: Deflação.

  • Foto do escritor: Leonardo Strambi, CFA
    Leonardo Strambi, CFA
  • 14 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

A dinâmica positiva de curto prazo observada nas últimas semanas parece ter ganhado força com as novas peças no tabuleiro. Nos últimos dias observamos dados positivos de inflação e criação de empregos, que contribuíram para uma reação positiva dos mercados, mesmo diante dos discursos mais duros do FED. Nos EUA, tanto o CPI quanto o PPI desaceleraram. Foi a primeira vez que os dois indicadores caíram simultaneamente desde de abril de 2020.


Cenário Macro


O Ibovespa encerrou a semana em alta de 5,9%, atingindo 112 mil pontos. O IPCA de julho caiu 0,68%, trazendo o resultado acumulado em 12 meses para 10,1%. Nos EUA, tanto o CPI quanto o PPI desaceleraram. Foi a primeira vez que os dois indicadores caíram simultaneamente desde de abril de 2020, o que favoreceu os ativos de risco, mesmo com a manutenção de discursos mais duros À respeito do combate à inflação nas declarações públicas dos membros do FED.


Os juros futuros fecharam a semana em queda. A redução nos prêmios reflete o posicionamento mais dovish do COPOM, que sinalizou estarmos perto do fim do ciclo de alta na taxa de juros. O mercado já trabalha com um cenário provável de queda nas taxas a partir de 2023. A curva de juro real, representada pelas NTN-Bs também fechou em queda moderada, refletindo redução marginal da inflação implícita.

Gráfico da Semana


A Inflação nos EUA: 'Past its peak?". Foi a segunda vez, desde abril de 2020, que ambos o CPI e o PPI caíram simultamenamente em uma leitura mensal.


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O que esperar para a próxima semana


A próxima semana será mais leve em relação à divulgação de dados econômicos. No cenário internacional, o destaque será a divulgação da ata da última reunião do FOMC, enquanto no Brasil, teremos a divulgação da proxy do PIB divulgada pelo Banco Central referente a junho e o monitor do PIB da FGV.


A dinâmica positiva de curto prazo observada nas últimas semanas parece ter ganhado força com as novas peças no tabuleiro. Nos últimos dias observamos dados positivos de inflação e criação de empregos, que contribuíram para uma forte reação dos mercados, mesmo diante da manutenção dos discursos duros pelos membros do FED. O grande destaque negativo foi a tendência do dólar, que perdeu força globalmente, conforme é de se esperar à medida que o mercado aumente seu apetite à risco. As commodities, de maneira geral, também perderam força em suas tendências.


Este pano de fundo, em um ambiente de valuations descontados e quadro técnico deteriorado, como destacado nos últimos artigos, culminou em um ambiente favorável no curto prazo, favorecendo o fluxo de recursos para os ativo de risco. À Longo Prazo as incertezas permanecem e o mercado ainda vai precisar ter uma leitura mais clara à respeito do ciclo de aperto monetário ao redor do mundo.

Leituras da semana


Troubled UK economy rides out Jubilee disruption, but recession looms read more

Eurozone June production grows three times more than expected read more

Inflation a growing concern for Germans, poll shows read more

Spain July final CPI at 10.8% y/y, highest since 1984 read more

U.S. producer prices fall in July; weekly jobless claims climb read more

Swedish inflation eases in July, aggressive rate hikes still seen read more

Taiwan revises down 2022 GDP growth forecast on inflation woes read more

Leonardo Strambi

Sócio-Fundador e Assessor de Investimentos na Austria Capital

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