Giro Global #18: Fortes quedas nas big techs e espera pelo resultado das eleições.
- Leonardo Strambi, CFA

- 30 de out. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de dez. de 2022
Ibovespa cai 4,5% enquanto mercado aguarda resultado das eleições.
Resumo da Semana
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Cenário Macro
Cenário macro
O Ibovespa encerrou a semana em queda de -4,5% aos 114 mil pontos. Destaque para ações da Yduqs (YDUQ3), que subiram quase 22%, BRF (BRFS3), que registrou queda de -17%, e para as estatais Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), que registraram quedas superiores a -10%, devido às incertezas do cenário eleitoral.
Nos EUA, destaque para os resultados das big techs, que decepcionaram o mercado, apresentando impactos significativos pelo cenário macro deteriorado. Mesmo assim, o S&P 500 e Nasdaq encerraram em alta de 4,0% e 2,2%, respectivamente. Além disso, o PIB mostrou crescimento de 2,6% em termos anualizados no 3T22 em comparação com o trimestre anterior. A variação do PIB retornou ao território positivo após ter registrado duas contrações consecutivas no primeiro e segundo trimestres.
No Brasil, o IPCA-15 de outubro ficou em 0,16%, acima das expectativas do mercado. A surpresa de alta concentrou-se em um único item, a passagem aérea. Além disso, a comunicação também registrou alta acima do esperado, justamente nos serviços com redução de impostos e nos que registraram deflação no mês anterior.
Na China, o presidente Xi Jinping iniciou seu terceiro mandato consecutivo com novos aliados para cargos de liderança, sinalizou que não haverá trégua na verificação de empresas privadas, e endossou a política zero Covid. O PIB surpreendeu positivamente o mercado, mostrando que o país se recuperou em um ritmo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre, crescendo 3,9% em relação ao ano anterior, superando a previsão de 3,4%, e mais rápido do que o crescimento de 0,4% no segundo trimestre.
Por fim, na Europa, o BCE elevou novamente suas taxas de juros em 0,75 p.p. e disse esperar aumentar ainda mais as taxas para assegurar o regresso da inflação – que hoje está em quase 10% – à meta de médio prazo de 2%. Nos últimos meses, a alta dos preços de energia e alimentos e os gargalos na oferta, atrelados a recuperação da demanda pós-pandemia, levaram a um aumento das pressões sobre os preços e ao aumento da inflação. O índice de confiança econômica da Zona do Euro registrou 92,5 pontos em outubro, seu menor valor dos últimos dois anos, à medida que o cenário macroeconômico segue complexo na região.
Destaques Macro
Fluxo de estrangeiros: +R$2,1 bilhões
Dólar: +2,56%; R$ 5,29/ USD
Juros: Vértice janeiro 2031: +8 bps; atingindo 11,83% a.a.
Bancos centrais em ação
Os principais headlines de política monetária ao redor do mundo na semana.
Fed's Daly says it's time to start talking about slowing rate hikes
Bank of England bond stockpile incurs first loss for UK public finances
Fed's Harker says high inflation calls for more rate hikes
Fed may have to slow or stop balance sheet trimming in 2023, Barclays says
Canada recession may be ‘necessary evil’ as central bank queues big hike
Argentina central bank pauses rate hikes after inflation undershoot
O que esperar para a próxima semana
Na próxima semana, os mercados estarão atentos para a decisão de juros do FOMC, que deve trazer sinalizações importantes sobre os próximos passos do FED. O Banco da Inglaterra também decidirá sobre juros e política monetária.
Entre os dados econômicos, os destaques serão os resultados do mercado de trabalho nos EUA de outubro, a inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) da Zona do Euro referentes a setembro e outubro, respectivamente.
No Brasil, a semana é marcada pelo pós-eleições e as sinalizações a respeito do futuro arcabouço fiscal. Uma excelente semana e bons negócios.
*Opiniões e análises pessoais, que não refletem necessariamente visões institucionais.
Leonardo Strambi
Fundador e Assessor de Investimentos na Austria Capital
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