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Giro Global #17: Em semana positiva, Ibovespa sobe 7%.

  • Foto do escritor: Leonardo Strambi, CFA
    Leonardo Strambi, CFA
  • 22 de out. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de out. de 2022

O pano de fundo do cenário global segue sem grandes novidades: inflação alta, políticas monetárias contracionistas e sinais de arrefecimento do crescimento econômico nas economias mais desenvolvidas. Apesar disso, tivemos uma semana positiva para os ativos de risco. O S&P500 subiu 5,2% e o Ibovespa encerrou com ganhos de 7%, atingindo os 120 mil pontos.


Resumo da Semana


Tudo que você precisa saber sobre o mercado, em apenas 1 minuto.


Cenário Macro


Agregadores de pesquisas indicam momentum favorável ao atual presidente, apesar de o candidato do PT seguir na liderança das intenções de votos.

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O pano de fundo do cenário global segue sem grandes novidades: inflação alta, políticas monetárias contracionistas e sinais de arrefecimento do crescimento econômico nas economias mais desenvolvidas. Apesar disso, tivemos uma semana positiva para os ativos de risco. O S&P500 subiu 5,2% e o Ibovespa encerrou com ganhos de 7%, atingindo os 120 mil pontos.


Os destaques positivos da semana foram as ações de Natura ($NTCO3), que ganharam 17,9%, Banco do Brasil ($BBAS3), +14,1%, 3R Petroleum ($RRRP3), +13,7% e Petrobras ($PETR4), +12,9%. Os destaques negativos foram Americanas ($AMER3), que perdeu 16,7% e MRV ($MRVE3), -11,4%.


Com o resultado da semana, as ações da Petrobras acumulam uma valorização de mais de 80% em 2022 e a empresa atingiu valor de mercado recorde. Na sexta feira, o Valor divulgou uma matéria destacando a forte valorização. https://valor.globo.com/financas/noticia/2022/10/21/acoes-da-petrobras-saltam-mais-de-80percent-no-ano-e-estatal-atinge-o-maior-valor-de-mercado-da-historia.ghtml


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No Brasil, a corrida eleitoral segue no centro das atenções. Apesar de Lula seguir liderando as pesquisas de intenção e votos, Bolsonaro tem diminuído a diferença e dá sinais de que tem o momentum a seu favor.


O maior foco de atenção tem sido as polêmicas decisões do TSE no sentido de uma maior regulação das campanhas e cobertura da mídia. Confira algumas medidas controversas adotadas pelo tribunal nas últimas semanas:


  • Proibição da divulgação do documentário "Quem mandou matar Jair Bolsonaro?", da Brasil Paralelo. Acesse a matéria;

  • Determinação da retirada do ar, de todas as plataformas de TV , de conteúdos de campanha com a temática "Lula mais votado em presídios" e "Lula defende o crime".

  • Determinação que o Grupo Jovem Pan não pode falar sobre o assunto, sob pena de multa diária para o canal e para os jornalistas. Acesse a matéria;

  • Censura de uma frase de Marco Aurélio Mello, onde o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que Lula não foi inocentado, de uma peça eleitoral da campanha de Jair Bolsonaro.


Destaco as coberturas do New York Times e do Wall Street Journal sobre o tema:


NYT: "To fight lies, Brazil gives one man power over online speech". Veja na íntegra: https://www.nytimes.com/2022/10/21/world/americas/brazil-online-content-misinformation.html

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O fundador e economista-chefe da Legacy Capital, Pedro Jobim, escreveu um comentário interessante sobre o tema, entitulado "O Brasil sob censura", onde destacou que "a suspensão de garantias constitucionais sempre vem acompanhadas de ressalvas morais e considerações sobre circunstâncias excepcionais". Confira a íntegra do artigo, clicando aqui.


Nos EUA, a temporada de resultados tem dado sinais mistos. Netflix subiu mais de 14% na semana após reportar um crescimento da base de usuários acima do esperado, enquanto Tesla e Snap cairam 6,3% e 28% respectivamente, com resultados que decepcionaram.


Além dos resultados corporativos, o principal foco continua sendo o rumo da política monetária. As taxas das treasuries voltaram a cair, após forte movimento de alta, com a reação do mercado à novas sinalizações do FED, conforme destaquei na semana anterior:


Na Europa, a primeira-ministra britânica, Liz Truss, renunciou de forma surpreendente, após o impacto negativo sobre a estabilidade financeira do país, gerado pelo seu programa econômico. O mercado reagiu bem ao recuo dos planos anunciados anteriormente.


Na China, apesar da sinalização de que a política covid zero seguirá em vigor, Xi Jinping reafirmou que uma das maiores prioridades seguem sendo o desenvolvimento econômico.


Destaques Macro


Fluxo de estrangeiros: +R$270 milhões


Dólar: -3,05%; R$ 5,16/ USD


Juros: Vértice janeiro 2031: -7 bps; atingindo 11,74% a.a.


Bancos centrais em ação

Os principais headlines de política monetária ao redor do mundo na semana.

  • Fed's Daly says it's time to start talking about slowing rate hikes

  • Bank of England bond stockpile incurs first loss for UK public finances

  • Fed's Harker says high inflation calls for more rate hikes

  • Fed may have to slow or stop balance sheet trimming in 2023, Barclays says

  • Canada recession may be ‘necessary evil’ as central bank queues big hike

  • Argentina central bank pauses rate hikes after inflation undershoot


O que esperar para a próxima semana


No Brasil teremos IPCA-15 de outubro, decisão de juros pelo COPOM, PNAD contínua e CAGED. No cenário internacional, PMI e confiança do consumidor para EUA, Zona do Euro e Alemanha. Uma excelente semana e bons negócios.


*Opiniões e análises pessoais, que não refletem necessariamente visões institucionais.


Leonardo Strambi

Fundador e Assessor de Investimentos na Austria Capital


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