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Entre tensões e transições: como navegar o cenário global incerto

  • Foto do escritor: Leonardo Strambi, CFA
    Leonardo Strambi, CFA
  • 18 de jun.
  • 4 min de leitura
Clientes e amigos, nesta carta detalhamos os principais movimentos do mercado financeiro em abril de 2025, com um olhar especial para nossas carteiras administradas no Brasil e nos Estados Unidos. Este período foi marcado por volatilidade global, impulsionada por incertezas macroeconômicas, ajustes nas políticas monetárias e eventos geopolíticos. No Brasil, setores ligados a commodities brilharam, enquanto, nos EUA, a inflação persistente e eventos recentes, como o rebaixamento da nota de crédito pela Moody’s e a decisão do FOMC de manter as taxas de juros, moldaram as estratégias de investimento. A seguir, exploramos os drivers de mercado e suas implicações para nossas carteiras locais e internacionais. Boa leitura!
Clientes e amigos, nesta carta detalhamos os principais movimentos do mercado financeiro em abril de 2025, com um olhar especial para nossas carteiras administradas no Brasil e nos Estados Unidos. Este período foi marcado por volatilidade global, impulsionada por incertezas macroeconômicas, ajustes nas políticas monetárias e eventos geopolíticos. No Brasil, setores ligados a commodities brilharam, enquanto, nos EUA, a inflação persistente e eventos recentes, como o rebaixamento da nota de crédito pela Moody’s e a decisão do FOMC de manter as taxas de juros, moldaram as estratégias de investimento. A seguir, exploramos os drivers de mercado e suas implicações para nossas carteiras locais e internacionais. Boa leitura!

Clientes e amigos,


nesta edição da carta mensal comentamos o atual cenário internacional, marcado por sinais divergentes entre as principais economias e por um ambiente de incerteza prolongada. Em vez de seguir previsões frágeis, reforçamos a importância de portfólios equilibrados, construídos com disciplina, visão global e foco na preservação de patrimônio. Compartilhamos como nosso processo de investimento se mantém firme diante da volatilidade, e por que a prudência bem-informada ainda é a melhor estratégia para atravessar ciclos complexos. Boa leitura!


Entre tensões e transições: como navegar o cenário global incerto


Nos últimos trinta dias, os mercados internacionais se depararam com um misto de ansiedade e resignação. A desaceleração no ritmo de cortes de juros por parte dos principais bancos centrais, combinada com sinais mistos da economia global, tem mantido investidores em compasso de espera. Não vivemos uma crise evidente, mas tampouco um momento de clareza.


Neste contexto, a diversificação global e o equilíbrio entre diferentes classes de ativos seguem sendo as melhores ferramentas à disposição dos investidores. E é exatamente aqui que buscamos ancorar nossas decisões: em convicções racionais, construídas a partir de dados, e não de manchetes.


O mundo pós-"pivô": juros, inflação e política monetária em transição


Começamos 2025 com uma narrativa dominante: os bancos centrais, liderados pelo Federal Reserve, estavam prestes a cortar juros de forma coordenada. Essa expectativa ancorou grande parte da performance positiva dos mercados no primeiro trimestre. Mas conforme o ano avança, essa história perde força.


Nos EUA, a inflação de serviços persiste acima do desejável. Na Europa, o Banco Central Europeu deu início ao ciclo de cortes, mas enfrenta agora a dificuldade de estimular uma economia estagnada. A China, por sua vez, adota medidas para sustentar o crescimento, mas o impacto dessas políticas tem sido limitado fora da Ásia.


Esse desalinhamento entre economias, ritmos e narrativas torna ainda mais valioso um portfólio que não dependa de um único desfecho para funcionar.


Cenários possíveis e implicações para o investidor global


O cenário atual pode evoluir de diversas formas:


  • Soft landing nos EUA, com inflação recuando lentamente e atividade moderada: cenário positivo para ações de qualidade e títulos de longo prazo.

  • Inflação resiliente, exigindo juros altos por mais tempo: aqui, ativos defensivos, como títulos indexados à inflação e setores menos sensíveis a ciclos (como saúde), ganham destaque.

  • Estagflação leve ou choques geopolíticos: moedas fortes, ouro e ativos reais podem proteger melhor.


Ao invés de tentar prever com exatidão qual desses caminhos irá se concretizar, nosso foco é construir portfólios preparados para transitar bem por todos eles — com prudência, mas sem perder de vista oportunidades de crescimento.


Como investimos: processo e filosofia

Na Austria Capital, nossa filosofia de investimento parte de uma visão macroeconômica global atualizada constantemente. Monitoramos os vetores que realmente movem os mercados — crescimento, inflação, juros e política monetária — e avaliamos o posicionamento relativo entre regiões, setores e estilos de gestão.

Esse trabalho nos permite calibrar as alocações entre:


  • Renda fixa de curto prazo em dólar e euro, com liquidez e boa remuneração real;

  • Títulos soberanos de longo prazo, que funcionam como proteção em cenários de desaceleração;

  • Ações globais com viés de qualidade e inovação, como empresas de tecnologia, saúde e energia limpa;

  • Commodities estratégicas, como ouro e cobre, que servem tanto como proteção quanto como aposta em tendências estruturais.


Complementamos essa arquitetura com ativos alternativos selecionados, sempre respeitando critérios de liquidez, risco e aderência ao perfil do investidor.

Nosso objetivo não é maximizar retornos no curto prazo, mas preservar e multiplicar o patrimônio de forma consistente ao longo do tempo, com foco na gestão de riscos e na adaptação contínua ao cenário global.


Equilíbrio como antídoto ao ruído


Vivemos um momento em que os ciclos econômicos estão mais curtos, as respostas políticas mais erráticas e os choques geopolíticos mais frequentes. Tudo isso gera ruído — e o ruído é inimigo da decisão racional.


Manchetes diárias oscilam entre euforia e pânico. Nosso papel como gestores é filtrar esse excesso de informação e traduzir o que realmente importa para a construção e preservação de patrimônio.


Portfólios equilibrados não apenas oferecem maior estabilidade em tempos turbulentos, como também mantêm o investidor comprometido com sua estratégia, evitando decisões impulsivas motivadas por medo ou ganância.


Conclusão: a vantagem da disciplina e da visão global


Num mundo onde o imediatismo ganha palco, acreditamos que a gestão prudente, global e bem informada continua sendo uma vantagem competitiva.


Nossa abordagem é fundamentada em dados, alinhada ao longo prazo e desenhada para resistir às tentações dos modismos de mercado. Seguimos atentos, com humildade diante do que não se sabe — e convicção no que realmente importa.


Para quem busca preservar e crescer seu patrimônio em um cenário cada vez mais imprevisível, a simplicidade bem executada e o equilíbrio entre ativos seguem sendo as melhores apostas.


Proteger seu patrimônio nesse cenário volátil está te preocupando?

Converse sem compromisso com um de nossos especialistas e descubra como nossa visão de mercado pode ajudar você a tomar as melhores decisões.



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Leonardo Strambi, CFA Economista graduado pela PUC-RJ, MBA em Gestão de Investimentos pelo IAG/PUC-RJ, Gestor de Recursos CVM - CGA/CGE e CFA Charterholder, CFA Institute. Fundou a Austria Capital em 2017, onde atua como diretor de gestão patrimonial e gestor de portfólios.

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DISCLAIMER: A Austria Capital preza pela qualidade de informações e análises, ressaltando, no entanto que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento neste portal. Decisões de investimento devem ser realizadas em conjunto com um profissional, observando aspectos pessoais, situação patrimonial e perfil de risco. Opiniões e análises pessoais, que não refletem necessariamente visões institucionais, nem se configuram como recomendação de investimento.

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